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Homens estão crescendo mais do que as mulheres: o que a ciência explica?

Quando se fala em altura, a diferença entre homens e mulheres está aumentando. De acordo com um estudo recente publicado na revista Biology Letters, a altura e o peso dos homens aumentaram duas vezes mais rápido do que os das mulheres no último século. Mas quais são os fatores que influenciam esse crescimento desigual?

A evolução da estatura pelo mundo

Os países com populações mais altas do mundo estão, majoritariamente, na Europa. No entanto, observa-se um crescimento significativo da altura média em regiões da Ásia, América Latina e África. Em contraste, nos Estados Unidos, a altura média está praticamente estagnada.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a melhoria das condições de vida, do acesso à saúde e da alimentação tem sido crucial para esse aumento de estatura. No entanto, essa evolução é mais acentuada nos homens do que nas mulheres.

Quanto mais rico o país, mais alta a população?

A relação entre riqueza e altura não é tão simples quanto parece. Embora países mais desenvolvidos apresentem uma população mais alta, outros fatores também estão em jogo.

  • Holanda: O país tem a população mais alta do mundo, com homens medindo em média 1,83m e mulheres 1,70m.
  • Timor Leste: Os homens mais baixos do mundo vivem lá, com altura média de 1,60m.
  • Guatemala: As mulheres mais baixas do mundo têm, em média, 1,50m de altura.
  • Brasil: Figura na 70ª posição entre as mulheres (1,62m) e na 64ª entre os homens (1,75m).

Embora a prosperidade econômica influencie no crescimento, não é o único fator determinante. Países ricos como Cingapura e Catar têm populações relativamente baixas.

O papel da genética e dos hormônios

A altura de uma pessoa é determinada em 80% pela genética, enquanto fatores ambientais respondem por cerca de 20% dessa variabilidade. Certos genes, como os presentes no cromossomo Y, prolongam a fase de crescimento ósseo nos homens.

Além disso, as diferenças hormonais também têm um papel fundamental. As meninas entram na puberdade mais cedo, interrompendo o crescimento antes dos meninos, que têm mais tempo para crescer.

Outro fator interessante é a seleção sexual: estudos apontam que mulheres tendem a preferir homens mais altos, pois essa característica é frequentemente associada à força e proteção. Isso pode ter levado, ao longo das gerações, a uma maior transmissão de genes ligados à altura nos homens.

Diferenças no crescimento entre os sexos

Mesmo em condições ideais, homens e mulheres respondem de forma diferente a melhores condições de vida. Estudos sugerem que o corpo masculino aproveita melhor alimentos ricos em energia para crescer, tornando-se maior e mais forte. Já nas mulheres, o organismo prioriza o gasto energético em gestação e amamentação, em vez do crescimento.

Contudo, ser mais alto também tem desvantagens. Homens mais altos tendem a sofrer mais com dores nas costas, maior incidência de doenças e até um risco mais elevado de desenvolver câncer.

Por que as pessoas encolhem com a idade?

Independente do gênero, é inevitável: a partir dos 30 anos, todos começam a perder altura, cerca de 1 cm a cada década. Esse fenômeno ocorre devido à perda de líquido nos discos intervertebrais, que perdem elasticidade e se tornam mais finos.

Fatores como osteoporose e postura inadequada podem acelerar esse processo. Para retardá-lo, especialistas recomendam manter uma postura ereta, praticar exercícios adequados e fortalecer a musculatura das costas.

Conclusão

O crescimento humano é influenciado por uma combinação de fatores genéticos, hormonais, ambientais e até culturais. Embora homens estejam crescendo mais rápido do que mulheres, as vantagens e desvantagens da altura variam de acordo com o contexto. O estudo destaca como o desenvolvimento humano está intrinsecamente ligado à evolução biológica e às condições de vida, mostrando que a estatura é muito mais do que apenas uma questão de genética ou alimentação.

E você, o que acha dessa diferença de crescimento entre homens e mulheres? Acredita que fatores ambientais ainda podem reduzir essa disparidade? Deixe sua opinião nos comentários!

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