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Café caro e Café fake

O café é uma verdadeira paixão nacional no Brasil, e muitos brasileiros não conseguem imaginar um dia sem o seu cafezinho de cada manhã. No entanto, nos últimos tempos, o consumo desse produto tão querido tem se tornado cada vez mais caro. 

Em 2024, o preço do café subiu 46% nos supermercados, o que tem pesado muito no bolso dos consumidores. Esse aumento coloca o café no topo da lista dos itens mais caros da cesta básica. Para se ter uma ideia do impacto, o preço médio do quilo do café atingiu quase R$50, o valor mais alto dos últimos 30 anos. E a situação pode piorar: a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) prevê que o preço do café suba mais 25% nos próximos meses.

O que está causando essa alta no preço?

São diversos os fatores que explicam o aumento no preço do café, mas o principal deles está relacionado às condições climáticas. Nos últimos anos, o Brasil enfrentou secas prolongadas e altas temperaturas, que afetaram diretamente as lavouras de café. Em 2024, as chuvas em algumas regiões do país foram até 40% menores do que a média histórica, o que prejudicou tanto a qualidade quanto a quantidade da safra. Esse fenômeno é conhecido como inflação climática, que é o impacto das mudanças climáticas na inflação, especialmente no setor de alimentos.

Além disso, a desvalorização do real em relação ao dólar também contribui para o aumento do preço do café. Isso acontece porque, como o café é uma commodity, quando o dólar sobe, o preço do café para o Brasil fica mais alto. Em resumo, com a queda na produção e a crescente demanda global, o café se tornou um item muito mais caro para os brasileiros.

O que esperar para os próximos anos?

Especialistas afirmam que a recuperação das lavouras de café dependerá das condições climáticas dos próximos anos. Se o clima for mais favorável, a oferta de café poderá aumentar, ajudando a aliviar os preços. No entanto, um cenário de novos eventos climáticos adversos pode manter o café como um item cada vez mais caro nas prateleiras.

Até agora, você já deve ter entendido os principais fatores que estão tornando o café tão caro. Mas surge uma nova questão: será que a qualidade do café que estamos consumindo justifica o preço que pagamos?

Qualidade do café: o que você está realmente comprando?

O café brasileiro é apreciado internacionalmente por sua qualidade, aroma e sabor, mas você sabe realmente o que está levando para casa quando compra café? Ao contrário de quando escolhemos uma fruta no mercado, em que podemos examinar e escolher o produto, o café já chega pronto para consumo, com os grãos selecionados pelo produtor e embalados. No caso do café em pó, a situação é ainda mais complexa, já que o moído tem um aspecto uniforme, o que dificulta a identificação da qualidade.

Uma das formas mais confiáveis de garantir que você está comprando café puro é procurar pelo selo de pureza da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café). Esse selo atesta que o café passou por um rigoroso controle de qualidade, sem misturas ou adulterações. Mesmo assim, é importante saber que, de acordo com a legislação brasileira, o café pode conter até 1% de materiais naturais da lavoura, como galhos, folhas e até sementes de outros vegetais. Isso significa que, embora o selo de pureza garanta a qualidade do café, não podemos ter 100% de certeza sobre a composição do produto.

Infelizmente, a situação é ainda mais preocupante com o surgimento de um produto chamado “café fake”.

O perigo do Café Fake

Você já ouviu falar do café fake, também conhecido como “cafake” ou “café de mentirinha”? Esse produto é utilizado por muitos brasileiros como uma alternativa barata ao café tradicional, especialmente devido ao preço elevado das marcas convencionais. O café fake é basicamente um pó com sabor de café, mas sem o grão do café na composição. Em vez disso, ele é feito de cevada, milho e aromatizantes artificiais.

O problema é que o café fake não possui nenhuma garantia de pureza e não passou por nenhum tipo de certificação de qualidade. Ou seja, ele pode trazer sérios riscos à saúde dos consumidores. De acordo com Celírio Inácio, diretor da ABIC, o café fake é um produto fraudulento e é considerado uma verdadeira enganação, tanto para o bolso quanto para a saúde do consumidor brasileiro.

O grande atrativo do café fake é o preço. Ele pode ser encontrado por cerca de R$13,99, o que representa uma diferença de quase quatro vezes em relação ao preço do café verdadeiro, que pode ultrapassar os R$50 o quilo. Mas será que o baixo preço vale a pena, considerando os riscos à saúde?

O que realmente contém no Café Fake?

O café fake é composto por ingredientes como cevada, milho e outros aromatizantes, mas o grão de café, que é o verdadeiro responsável pelo sabor e aroma característicos da bebida, está ausente. Como alertado pela ABIC, qualquer produto que não contenha o grão de café é impureza e deve ser evitado.

Portanto, o café fake não é apenas um produto de qualidade duvidosa, mas também um alimento potencialmente perigoso. Ele não passou por nenhum controle de qualidade e não oferece nenhuma garantia sobre sua composição.

Faça a escolha consciente

Como vimos, a qualidade do café vai muito além do preço, e é essencial estar atento ao que estamos comprando. Verificar o selo de pureza e a composição do produto é a única forma de garantir que estamos consumindo um café de verdade e que ele não representa riscos à nossa saúde.

Em tempos de aumento nos preços e produtos de qualidade duvidosa, é fundamental fazer escolhas conscientes e informadas. Isso não só garante um bom café, mas também protege seu bolso e sua saúde.

E você, já percebeu um aumento no preço do café na sua cidade? Deixe um comentário abaixo e compartilhe sua experiência.

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